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O Movimento “Fé e Política” possui uma grande importância e seus objetivos são: conscientizar os cidadãos da sua responsabilidade de votar e votar bem; promover debates e reflexões sobre programas e candidatos, a fim de propiciar uma melhor avaliação deles; estimular os cidadãos para que a escolha do candidato se faça a partir do seu programa, do seu respeito ao pluralismo cultural e religioso, do seu comportamento ético e de suas qualidades humanas; criar ou fortalecer comitês contra a corrupção eleitoral e para a aplicação da Lei no 9.840, que proíbe a compra de votos e o uso da máquina istrativa; incentivar a participação das mulheres na política; valorizar os bons candidatos eleitos e acompanhá-los no exercício de seu mandato.
Não compete à hierarquia da Igreja indicar candidatos ou partidos, mas incentivar os fiéis leigos a promoverem grupos de Fé e Política em vista da conscientização e da articulação dos cidadãos no campo da política.
“A Igreja assume sua missão no campo político, visando formar as consciências cristãs de que há uma relação intrínseca e indissociável entre vida e fé, promoção humana e missão religiosa” (CNBB, Doc. 67, nº 26).
A Igreja sente como seu dever e direito estar presente no campo da política, porque o cristianismo deve evangelizar a totalidade da existência humana.
A sociedade humana tem uma dimensão política enquanto se organiza e se dota dos meios necessários para que a vontade dos membros possa se expressar e alcançar fins coletivos (nº 184).
A Igreja não pode ignorar a política, pois esta é instrumento necessário de organização da vida social e expressão de opções e valores que definem os destinos do povo e a concepção do homem (nº 185).
O fato da presença da Igreja no mundo da política é inevitável, mas a natureza e a qualidade dessa presença dependem de sua consciência evangélica e profética, do momento histórico e do próprio conceito de política (nº 188). A razão mais profunda da atitude da Igreja frente à política decorre da consciência evangélica de sua missão. Cabe-lhe iluminar a política pela “verdade sobre o homem” (nº 203).
“A formação das consciências em vista da participação nas transformações sócio-políticas é responsabilidade de toda a Igreja. A atuação concreta nesse campo compete, antes de tudo, aos leigos que aí devem exercer o seu protagonismo” (nº 48). “Os cristãos precisam buscar urgentemente a união entre vida e fé, a expressão da fidelidade a Cristo na vida quotidiana, nas relações sociais e na participação política” (nº 49).