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Vocação: um tema abrangente ou limitado?

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Toda proposta é sinal da esperança fundada na fé, lembrava-nos o Papa emérito Bento XVI, na sua carta para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Quando nos deparamos com o mês de agosto, aqui no Brasil já consagrado pela temática do “mês das vocações”, podemos notar que as reflexões acerca desse tema parecem “estigmatizadas” pelo cunho religioso, ou seja, ouve-se falar com demasia sobre vocação sacerdotal ou religiosa, sobretudo para os jovens, quando o assunto na verdade é tão mais abrangente. g572c

E uma indagação torna-se pertinente: será que discernimos e vivemos a “nossa” verdadeira vocação, seja ela qual for? A Vocação é um chamado a vida em Cristo e com Cristo pelo santo Batismo. Configurados a Cristo compreendemos que todos nós somos vocacionados: chamados à missão de testemunhar o Amor de Deus em nossa vida a partir do Mistério do Cristo, tendo o coração aberto à ação do Espírito Santo, numa comunhão Trinitária. Compreendendo desta maneira sublime e feliz, somos confrontados com outra realidade, que não nos deixa calar; como vivo a Vocação que não é minha por posse, mas dada a mim por Graça? E se é por Graça, por Amor, como estou respondendo este chamado de Deus?

Pois como cristãos somos chamados ao testemunho da felicidade em nosso estado de vida, seja na família, seja como presbítero, religioso, religiosa, ou consagrados a uma regra de vida comunitária sobre determinado carisma, somos vocacionados a viver com alegria e fé a experiência do encontro com o Amor derramado em nós pelo Espírito Santo para o bem de toda Igreja. O Papa Francisco falando aos jovens seminaristas, noviços e noviças em Roma, os chamava a experimentar em Deus a consolação, a ternura de sermos amados por Deus, que cuida de nós. E consolado por seu Amor, podemos ir sem medo ao encontro do Povo para consolá-lo: esta é a missão! Encontrar a misericórdia e ser misericordioso.

“E é o Senhor que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem”. É urgente não perdermos a visão do valor da contemplação do Mistério que pera pela Cruz do Cristo crucificado. É por Amor que entendemos a lógica da Cruz. E nos lembra o Papa: “É a Cruz, sempre com o Cristo, porque às vezes oferecem-nos a Cruz sem Cristo: esta não vale! É a Cruz, sempre a Cruz com o Cristo, que garante a fecundidade de nossa missão. E é a Cruz, supremo ato de misericórdia e amor, que se renasce como “nova criatura” ( Gl 6,15). Quando refletimos sobre vocações é importante, nos perguntarmos num profundo exame de consciência sobre como está a nossa oração pelos jovens, pelas famílias, enfim, por todos nós, para acolhermos o chamado de Deus em nossa vida? Sendo um Dom de Deus que nos foi dado, como estou cuidando deste bem?

O Papa Francisco nos diz: “Ouvimos no Evangelho: ‘Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe (Lc 10,2)’. Os trabalhadores para a messe do Senhor, não são escolhidos através de campanhas publicitárias ou apelos ao serviço de generosidade, mas são “escolhidos” e “mandados” por Deus. É Ele que escolhe e suscita, é Ele que manda. A missão é dada por Ele. Por isso a Oração é fundamental. A Igreja não é nossa, mas de Deus.” É necessário redescobrir a responsabilidade comunitária da oração pelas Vocações a partir do encontro pessoal com o Senhor, que suscita carismas, ministérios para o desafio que enfrentamos. Por isso, qual é a nossa resposta a esta dádiva de Amor? Temos coragem de perguntarmos ao Senhor por nossa Vocação? Não tenhamos medo de responder ao convite do Senhor para segui-lo. Vale a pena, seja na família, no ministério ordenado, como diácono permanente, presbítero, religioso, religiosa, missionário, consagrado e consagrada à vida contemplativa.  Pois somos amados, em Cristo Jesus, já no Batismo!

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