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A Igreja e o aborto

A Igreja e o aborto 644816

O problema do aborto existiu ao longo da história e em quase todos os povos. Entretanto, a moralidade e a legislação pública sempre protegeram fortemente a vida antes do nascimento. Em toda a tradição cristã, a proibição do aborto foi considerada parte essencial do mandamento: “Não matarás”. 362p73

Hoje, nós nos encontramos numa nova situação. As técnicas de aborto desenvolveram-se de tal maneira que o controle público se tornou cada vez mais difícil. Além disso, a opinião pública também se modificou tremendamente. A maioria dos países autoriza o aborto nos três primeiros meses de gravidez e chegam a usar verbas comuns para cobrir as despesas com o aborto.

Devemos distinguir entre aborto espontâneo e aborto provocado. Este é pecado e será sempre um atentado contra a vida de um inocente, ainda que legalmente não seja considerado crime. No primeiro caso, muitas mulheres sofrem terrivelmente por causa da perda não desejada do feto. No segundo, o aborto é praticado como meio de salvar a vida da mãe. Mas a vida da mãe só tem prioridade sobre a vida da criança não nascida quando a única escolha possível consiste em deixar morrer os dois ou salvar a mãe.

A Igreja Católica não aprova a prática do aborto e sua posição sobre esse assunto tem sido firme e inequívoca, porque ela parte da convicção que o bebê, a partir da concepção, já é um ser humano, não importando o estágio de seu desenvolvimento, nem suas condições de saúde.

Entretanto, um dos sinais mais chocantes de nosso tempo é a falta de discernimento da parte de cientistas e profissionais da área da saúde, que leva a apresentar o aborto como meio de controle da natalidade, ao lado dos anticoncepcionais não-abortivos e em igualdade de condições com estes.

Em toda a tradição cristã, a proibição do aborto foi considerada parte essencial do mandamento: “Não matarás”. Por isso, é um absurdo uma lei que autorize a legalização ampla da prática do aborto e ainda determine que se realizem abortos com recursos públicos,  fazendo com que a população financie o assassinato de milhões de nascituros.

A Igreja Católica não aprova a prática do aborto e sua posição sobre esse assunto tem sido firme e inequívoca, porque ela parte da convicção que o bebê, a partir da concepção, já é um ser humano, não importando o estágio de seu desenvolvimento, nem suas condições de saúde. Esta convicção da Igreja é firme e bem fundamentada nos dados das ciências. Não dá para negar isso, senão com argumentos falsos. E, sendo verdade que o bebê, antes de nascer, já é um ser humano, então ele tem o direito à vida, como qualquer outro ser humano e direito também à proteção da sociedade e do Estado.

A legalização do aborto é a negação do direito dos seres humanos à vida, por sinal, inocentes e indefesos. Se alguém ousasse matar um bebê recém-nascido, seria reprovado de maneira veemente por toda sociedade. E com toda razão. Por que, então, seria um crime menos horrendo, ou nem seria crime, matar esse mesmo bebê alguns dias, ou meses, antes de ele nascer?

O aborto é uma violação aberta aos direitos humanos. A legalização do aborto contradiz o princípio de igualdade e não discriminação entre todos os seres humanos.

Por Dom Antônio Carlos Félix – Bispo Diocesano (Desafios Éticos) 471rx
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