Em se tratando da necessária interação entre catequese e liturgia, foi a Declaração sobre a Educação Cristã, intitulada Gravissimum Educationis, que mais claramente definiu o objetivo da catequese, ao afirmar que ela ilumina e fortifica a fé, nutre a vida segundo o espírito de Cristo, leva a uma participação consciente e ativa no mistério litúrgico e desperta o cristão para a atividade apostólica. 1z464e
O Papa João Paulo II escreveu um importante documento sobre a catequese, chamado Catechesi Tradendae, no qual afirma: “A catequese está intrinsecamente ligada com toda a ação litúrgica e sacramental, porque é nos Sacramentos e, sobretudo, na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude para a transformação dos homens”.
Mas o grande marco na dimensão catequética, para nós brasileiros, foi o documento 26 da CNBB, Catequese Renovada. Seu impacto mudou a rota da caminhada da catequese. Dois números desse documento merecem destaque por refletirem a importante interação entre Catequese e Liturgia. No número 89 se lê: “Não só pela riqueza de seu conteúdo bíblico, mas pela sua natureza de síntese e cume de toda a vida cristã, a Liturgia é fonte inesgotável de Catequese. Nela se encontram a ação santificadora de Deus e a expressão orante da fé da comunidade. As celebrações litúrgicas, com a riqueza de suas palavras e ações, mensagens e sinais, podem ser consideradas uma catequese em ato”. E o número posterior acrescenta: “A Liturgia, com sua peculiar organização do tempo (domingos, períodos litúrgicos como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa) pode e deve ser ocasião privilegiada de Catequese, abrindo novas perspectivas para o crescimento da fé, através das orações, reflexão, imitação dos santos e descoberta não só intelectual, mas também sensível e estética, dos valores e das expressões da vida cristã”.