Levando em consideração a Instrução Geral do Missal Romano, vemos que a prática da arte envolve toda a vida e sentimento de quem nela se conecta por meios dos sinais visíveis. 3k5v4n
Acreditamos que a arte de celebrar pode ser vista como um poderoso estímulo para fomentar a espiritualidade em diversos contextos, pois, como afirma Bento XVI, “o primeiro modo de favorecer a participação do povo de Deus no rito sagrado é a condigna celebração do mesmo; a arte da celebração é a melhor condição para a participação ativa” (SaCa, 38).
Nos rituais, cerimônias e festivais, as pessoas encontram meios de conectar-se com o Sagrado e transcender o ordinário, marcando momentos significativos da vida com expressões artísticas como músicas, danças e ritos. Essas celebrações não apenas fortalecem os laços comunitários e culturais, mas também oferecem um espaço para renovação espiritual. Ao participar ativamente dos ritos expressos, os fiéis são convidados a mergulhar em experiências que alimentam o seu espírito, promovendo assim, um senso de pertencimento e uma conexão mais profunda com o Divino.
O ato de celebrar é visto como uma atividade humana que precisa estar ligada à vida; que requer um cerimonial; que implica uma execução num lugar organizado e que pode ser considerada uma arte, porque supõe uma transposição. Logo, vemos que o ato de celebrar é intrinsecamente humano, pois está profundamente enraizado na vida e na cultura. Requer de nós criar rituais e cerimônias que não só marquem eventos, mas também os dignifiquem e os elevem a um status especial dentro de uma comunidade. O Missal Romano é um exemplo dessa experiência. A organização e execução desses rituais em locais designados são essenciais para criar um espaço sagrado no qual as pessoas possam se conectar com o Divino.