Os livros litúrgicos puros iniciam-se no século VII, quando encontramos um aumento no número dos textos litúrgicos. São chamados de “puros” porque cada um deles contém um elemento da celebração e, por conseguinte, serve para cada ministro. O autor os divide em: Sacramentário, que é o livro do celebrante principal e contém as fórmulas eucológicas para a eucaristia e os sacramentos; Lecionário, que contém a Palavra de Deus; Antifonário, com os cantos da missa, para uso do coro; Ordines, como livros das rubricas da celebração para cada tipo de celebração. 4w2k72
Os livros mistos ou plenários surgem por volta do século XI a partir da união de vários livros destinados exclusivamente à celebração, por motivos funcionais. Começa-se a reunir num só livro todos os elementos que servem para uma celebração. O primeiro o será dado inserindo por extenso nos Ordines os textos eucológicos que antes recebiam mera alusão. Nascem assim os livros mistos ou plenários.
A criação dos livros mistos ou plenários representou um avanço importante para a liturgia cristã, pois tornou as celebrações mais íveis e manejáveis. Colaborou para que os celebrantes pudessem conduzir os rituais de uma forma mais fácil, sem a necessidade de alternar entre vários livros, contribuindo para sua própria espiritualidade e também a dos fiéis. Ao reunir todos os elementos litúrgicos, a Igreja fortaleceu a coesão e a continuidade das práticas litúrgicas ao longo dos séculos até chegar aos nossos dias.
O primeiro livro unificado foi o Pontifical, com as orações próprias para os Bispos. Em seguida, surge o Missal, que contém todos os elementos para a celebração da eucaristia. Depois, surge o Ritual, dirigido aos presbíteros com os textos próprios para suas celebrações, que suprimirá a liberdade que cada um tinha de criar o seu próprio ritual. Por fim, surge o Breviário, livro que contém as partes da Liturgia das Horas: Saltério, Homiliário, Hinário, Antifonal e Oracional.
