Os livros tridentinos nascem após o Concílio de Trento (1545-1563), que desejava instaurar uma reforma na liturgia, mas não teve tempo hábil para tal ação, entregando-a para o Papa. Os critérios usados foram os seguintes: reformar, segundo a Tradição da Igreja romana; e impor os novos livros a toda Igreja ocidental, exceto às igrejas que pudessem apresentar ritos com mais de 200 anos de antiguidade. Após o Concílio, vemos uma reforma superficial do Breviário em 1568, do Missal em 1570, do Martirológico em 1584, do Pontifical em 1595, do Cerimonial dos Bispos em 1600 e do Ritual em 1614. w711n
Desde a época da sua promulgação, os livros litúrgicos tridentinos permaneceram quase que imutáveis, salvo pequenos retoques nas edições seguintes. Jamais tiveram uma verdadeira reforma. Tentativas desse gênero, feitas por iniciativa de alguns bispos, serão condenadas pela autoridade de Roma. Só no século ado é que encontramos mudanças importantes, tais como: a reintegração da Vigília Pascal em 1950, o restabelecimento da Semana Santa em 1955, o novo código das rubricas em 1960, quando já se havia anunciado o Concílio Vaticano II.
Com a chegada do Concílio Vaticano II, houve a reforma geral de todos os livros litúrgicos pelo Papa Paulo VI, em 1964, a partir da aprovação da Constituição Sacrosanctum Concilium para a adequada execução da liturgia.
Diante do que foi exposto, podemos concluir que os livros litúrgicos, com sua riqueza teológica e histórica, precisam ser vistos como um sinal externo de tudo aquilo que ele traz dentro de si. Sendo assim, é necessária a correta veneração e habilidade em seu uso, para que, seguindo os seus indicativos, a Eucaristia seja celebrado da melhor forma possível e, dessa forma, fomente a espiritualidade do povo de Deus.
