O Documento de Aparecida e as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008-2010) afirmam que “a família é um dos eixos da ação evangelizadora”. Esta afirmação, além de realista, tem consequências práticas e um peso peculiar. Este artigo de Dom Orlando Brandes apresenta, de um modo panorâmico, a família como um dos eixos da ação pastoral e evangelizadora. Veremos neste artigo os últimos cinco itens. 3829p
- A família e a segurança pública. Moradores de rua, drogas, violência doméstica e urbana, alcoolismo, tem tudo a ver com a desagregação familiar. Não se resolvem de modo adequado os problemas de segurança pública sem investimento familiar.
- A família e recuperação de dependentes químicos. As pessoas que estão em recuperação nas casas de acolhimento e ajuda a dependentes químicos, geralmente são vítima da família desestruturada. Por outro lado, elas precisam da família após a recuperação. Mas uma vez percebemos a primazia da família como “ninho do amor”, comunidade de pessoas.
- Família e pastorais. Temos pastorais que dependem essencialmente da família, como: a pastoral da criança, do idoso, do menor, carcerária, vocacional etc. É o que chamamos de “eixo transversal” da pastoral familiar. Nem todos os agentes de pastoral têm esta percepção. Em muitos planejamentos pastorais, a família não tem prioridade e, às vezes, nem espaço. Temos um longo caminho a percorrer até que de fato a família tenha espaço como “eixo transversal” da ação pastoral.
- Família e movimentos. Não se deve dispersar energias nem trabalhar com “gavetas pastorais”. A rivalidade entre pastoral familiar e movimentos de casais é falta de bom senso, de diálogo e de abertura do coração. É hora de entendimento, de articulação e de mútua ajuda.
- Família e vocações. Costumamos dizer que a família é “berço de vocações”. Que assim seja. Contudo, há necessidade de falar bem dos sacerdotes em casa, de apoiar a vocação dos filhos e filhas, de transmitir a fé e a religião, de participar da comunidade eclesial. Com poucos filhos e ausência de Deus na família, prevemos diminuição das vocações. Como é importante a família!