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A irracionalidade da guerra

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Olá! Desejo-lhe a paz! A guerra é irracional, embora, com frequência, seja defendida com argumentos aparentemente racionais; a guerra é o uso da força como argumento porque o argumento perdeu a força; é a de incompetência ou da indisposição para o diálogo e demonstração clara de que interesses desumanizantes e destruidores são mais importantes que tudo. As guerras (não só a guerra Rússia-Ucrânia), quando bem-sucedidas, deixam morte e caos por todo lado. Matam pessoas inocentes e destroçam as infraestruturas públicas (estradas, ferrovias, aeroportos, centros de pesquisa etc.) e bens particulares (prédios residenciais, empresas, automóveis etc.). 2c1k43

Em zona de guerra os sonhos são interditados ou extorquidos dos corações dos sonhadores e sonhadoras. Os objetivos traçados para a próxima semana, mês ou ano são completamente colocados em segundo plano, pois fugir para sobreviver torna-se a prioridade. As pessoas são obrigadas a abandonar a própria história. A casa comprada com tanta dedicação, o carro adquirido, o emprego que se batalhou para conseguir… tudo se desfaz!

A guerra torna-se mais cruel quando visualizamos os impactos que transbordam os danos materiais, quando observamos que as famílias são desfeitas. Muitas vezes as pessoas não têm a chance de se despedirem de seus entes queridos; tantas vezes não se tem a possibilidade, sequer, de sepultar dignamente familiares e amigos.

Uma interessante pergunta que poderíamos fazer, quando nos deparamos com as atrocidades de uma guerra é: quando começa uma guerra? A resposta mais óbvia seria: quando um Estado ataca outro Estado! Mas podemos ir mais longe; podemos buscar uma resposta mais originária.

Uma guerra começa quando ocorre o fechamento para o diálogo; quando alguém se vê no direito de tomar para si, sem consentimento ou mínima negociação, algo que pertence a outra pessoa ou povo; quando alguém nutre a certeza de que é melhor que os demais; quando a arrogância cede lugar à empatia; quando se esquece que a dor que dói na gente, dói também no outro.

As consequências da guerra nos desafiam e convocam a perceber que devemos aproveitar todas as oportunidades para semear a paz, o respeito, a tolerância e outras formas de convivência que evitem a violência e promovam interação cooperativa e solidária.

O sonho de uma humanidade melhor ainda está vivo, mas depende de ser acalentado e cultivado para produzir frutos. Se não é possível fazer algo que alcance, de uma só vez, o mundo inteiro, é possível fazer algo que contagie as pessoas que estão mais próximas de nós; portanto este é o convite: façamos a opção pela racionalidade da paz e deixemos de lado as irracionalidades que levam às guerras de pequeno ou grande porte.

Por José Luciano Gabriel. Diácono Permanente da Diocese de Governador Valadares. Advogado. Professor. www.jlgabriel.com.br 1z4c4h
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