Após dois anos recolhidos em casa, por causa das orientações de distanciamento social que o coronavírus nos impôs, era para estarmos louvando e agradecendo a Deus, pelo precioso dom da vida, por termos podido celebrar em comunidade neste ano a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Porém, uma quantidade considerável de pessoas ainda sofre emocionalmente, por causa daquelas que escolheram perseguir, ferir e humilhá-las. Muitas vezes, a gente só precisa de acolhimento e ouvidos atentos. Nem tudo o que o outro lhe fala é para ser respondido, analisado ou julgado. Que não percamos valores, ao sermos atacados, nem nos tornemos perseguidores, de quem nos persegue. Senhor, “pra não sermos instrumentos de egoísmos e opressão: libertai nosso coração” (Pe. Zezinho, SCJ). 5u2zq
Como se já não bastasse a tristeza que a pandemia do coronavírus nos causou nesse último biênio, temos que ar a dor da traição e da inveja, do descaso e do abandono. Inflação e desemprego podem atuar como gatilhos para o desespero. Pessoas moram sob o mesmo teto, não se respeitam, nem se ajudam. Relacionamentos deteriorados, desgastados e tumultuados, onde deveria reinar o amor e a concórdia. Um se entrega e trabalha, para que as coisas deem certo. O outro não colabora, nem se esforça, para que as coisas fluam bem. E a gente segue adoecendo e sobrevivendo, ao invés de viver em abundância. Tente preservar suas emoções. Você não tem o poder de impedir que as pessoas lhe façam mal, mas pode empenhar-se em cuidar de si mesmo, sem ser egoísta, e ainda ajudar os outros a encontrar a luz de Cristo. Como? Através da oração!
“Ensina teu povo a rezar, Maria, Mãe de Jesus, que um dia teu povo desperta e na certa vai ver a luz, que um dia teu povo se anima e caminha com teu Jesus.” – Padre Zezinho. Peçamos a Maria Santíssima, para nos ensinar a confiar e a depender única e exclusivamente de Deus. Que sejamos perseverantes em fazer a vontade do Senhor, corajosos e obedientes, como ela foi. O que não compreendermos, que guardemos no coração, até que Deus nos revele, se e quando ele achar apropriado. A exemplo da Virgem de Nazaré, não desperdicemos a chance de fazer a vontade do Pai Eterno, amar e servir. Ela fez a vontade de Deus, porque estava em constante sintonia com o Senhor, através da oração. Só obedece quem se abre a ouvir. É preciso experimentar Deus, para conhecê-lo e servi-lo, de coração aberto, sem esperar vantagem, recompensa ou agradecimento.
Leia e medite a Palavra salvífica, reze o Terço, peça a intercessão de Maria e dos santos, interceda pelas pessoas em situação de guerra e de rua, ore pelas vítimas da violência e da opressão. Faça um esforço, para amadurecer na fé, ao invés de ficar procurando respostas para tudo, como se Deus fosse um site de busca, preparado para lhe dar todas as respostas, na hora que você acioná-lo. Para fazer a vontade do Senhor é preciso colocá-lo em primeiro lugar e pedir que Ele o/a liberte da preguiça física e espiritual. Reze, peça sabedoria, humildade e mansidão! Seja manso e humilde de coração, para que possa se tornar canal da graça divina e não pedra de tropeço na vida de seus irmãos. Quem se envolve em uma vida de oração, não encontra tempo para perseguir seus semelhantes, disseminar discórdias, nem contratestemunhar a fé que professa. Mais gratidão e oração! Que sua opção radical por Jesus não faça de você um radicalista desumano.