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Amor próprio: o risco de tomar a parte pelo todo ou o fazer pelo ser

Amor próprio: o risco de tomar a parte pelo todo ou o fazer pelo ser 4a6663

Olá! Desejo alegria e paz para você! O amor que sentimos por nós mesmos precisa ser tornar objeto de reflexão e ponderação. Conforme refletimos em outro artigo (A medida certa do amor próprio), cada pessoa deve desenvolver um olhar racional e equilibrado sobre si a fim de viver mais feliz. A medida certa do amor próprio deve ser buscada por meio de aprendizagem diária. Cada pessoa é aprendiz permanente nesta escola, portanto, cada dia é possível aperfeiçoar um pouco e superar eventuais limitações que até ontem nos marcaram negativamente. Duas lições, entre outras, são bastante interessantes nesta jornada de evolução de nosso ser: não tomar a parte pelo todo e não tomar o fazer pelo ser. Tomar a parte pelo todo é atribuir a todo nosso ser algo que diz respeito a alguma parte. Embora sejamos um ser uno e indivisível, possuímos múltiplas dimensões e atuamos em áreas diferentes da vida. É muito comum (normal, talvez!), nos sairmos melhor em algumas coisas e pior em outras; é comum nos destacarmos em algumas tarefas mais que em outras… é perfeitamente aceitável termos fragilidade com relação a alguns setores da vida. O bom senso nos ensina que não devemos atribuir a todo nosso ser algo que diz respeito a uma parte dele. Alguém que é excelente churrasqueiro pode não ter a menor noção de como se faz um bom doce de manga. Já imaginou a pessoa se achando toda ruim por não saber fazer doce de manga! Sei que você deve ter achado o exemplo estranho, mas isso acontece com frequência: muitas pessoas atribuem a todo o seu ser algo que pertence apenas a um setor de sua vida. O amor verdadeiro por nós mesmos dialoga intimamente com esta capacidade para perceber que não somos bons em tudo, mas também não somos ruins em tudo! Ser realista é sinal de inteligência. O segundo risco que devemos evitar é o de atribuir a nosso ser algo que revela, pelo menos incialmente, algum fazer, alguma ação. O fato de alguém ter sido impaciente numa determinada situação concreta não significa, necessariamente, que esta pessoa seja deselegante ou insensível. A pessoa agiu com impaciência, não é impaciente! O julgamento de todo o ser por atos isolados gera uma auto exigência cruel e desumana. Quem faz isso se torna demasiado duro consigo e cria obstáculos ao amor próprio; obstrui o trânsito das emoções e alimenta uma visão míope do próprio ser. Faz parte do ser humano agir, às vezes, com relativa desconformidade com o desejável, aliás, ignorar que há contradições no existir é desumano e desumanizante. É autodestrutivo. Gera baixa autoestima. Então é isso: olhe aí para sua vida e reflita um pouco sobre como tem se tratado: Quais convicções ou opiniões você tem alimentado sobre si? Quão rígido tem sido com suas falhas e contradições? Que critérios tem usado para se auto avaliar? Lembre-se: alcançar uma forma saudável de se amar decorre das escolhas que fazemos no cotidiano. Imagina como seria difícil e ruim nutrir amor por alguém que asse todo o tempo te desprezando! Agora imagina como é tão mais ruim e difícil se você mesmo fizer isso consigo! Aprenda a se ver com realismo, a não se julgar com exagerada exigência, a não tomar a parte pelo todo. Cultive e aperfeiçoe sua capacidade de amar-se. 692j41

Por José Luciano Gabriel – Diácono Permanente da Diocese de Gov. Valadares/MG, Professor, Advogado. Blog: jlgabriel.blogspot.com.br | e-mail: [email protected] 4s6e1s
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