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Jesus é o pão da vida

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Um dos objetivos de João, em seu evangelho, é despertar a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, para que os homens tenham vida plena. Podemos, então, pensar: se Jesus nos é apresentado como Pão da vida, sendo divino, Ele é sustento para sempre. Ele se encarnou, tornou-se carne, para dar vida aos homens. Portanto, nossa vida definitiva começa quando nos comprometemos com Jesus e também colocamos nossa vida a serviço dos irmãos e irmãs: na celebração da Eucaristia; na partilha do que temos e somos; na compaixão e no comprometimento social. 124v25

Depois do sinal da partilha dos cinco pães e dos dois peixes muita gente foi atrás de Jesus interessada apenas no pão material. Diante disso, Jesus inicia o discurso do pão da vida para que a multidão possa reconhecer, n’Ele, o pão capaz de sustentar para a vida eterna. É o compromisso de Jesus com a vida dos filhos e filhas de Deus que o leva a doação total de seu corpo e sangue, isto é, de todo o seu ser, de toda a sua vida.

Vamos agora nos alimentar do pão da Palavra que se fez carne, acolhendo Jo 6,51-59. Nós estamos muito acostumados à Eucaristia. Desde a primeira comunhão de quantas eucaristias participamos? Por isso, nos escapa o sentido profundo desse mistério. Ele significou uma grande revolução na história das religiões e na história da cultura. Não foi só um mistério no mundo cristão, mas sim uma transformação, uma nova compreensão. Esse mistério está relacionado à simplicidade. Jesus diz: “Vou deixar um sinal que seja tão fácil, tão comum, tão diário, que todos poderão ver. Vou fazer-me refeição!” Quer coisa tão humana quanto isso!?

Jesus quis um banquete. Tem comida, tem bebida, tem coisas boas. Estão todos felizes na simples presença de uns com os outros. De repente, Jesus pensa numa forma de permanecer entre eles. Daí a pouco iria para o Horto, para a cruz, para ser crucificado. Resolve deixar um sinal para os seus discípulos, algo que pudessem recordar D’Ele, que pudessem comer e beber. Um gesto que faz a criancinha quando nasce: ela abre a boquinha para mamar. É o instinto mais primitivo que temos. Jesus quer ser alimento vital para os seus. Poderão comer desse alimento, se dispor dele, porque Jesus estará com eles! Jesus é o Pão vivo que nos alimenta de maneira plena.

A CF-2023 nos chamou a atenção para o problema da fome. Somos chamados a tomar como referência essa realidade para nossa conversão e preparação para acolher Aquele que veio para saciar todo tipo de fome. Celebrar o Natal é construir esse clima de fraternidade, de paz e de tudo o que nos humaniza. Como cristãos somos chamados a transformar a realidade da fome. Cabe a nós defender os interesses de Deus, que são os interesses do pobre, do faminto. A fome ofende a Deus; a solução é política pública eficaz. Não basta a solidariedade. “Se eu tenho fome, o problema é meu, se meu irmão a fome o problema é nosso”, dizia o servo de Deus, Dom Helder Câmara.

(7º artigo sobre “Natal e Fome”, novembro 2023 – Fonte: MOBON) 355r3v
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