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Eis o tempo de conversão!

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Amados irmãos, amadas irmãs! Saudações em Cristo Jesus! 292y14

A espiritualidade quaresmal possui um tradicional tripé de santificação: jejum, oração e esmola – a concretização da caridade e da justiça. No Brasil, a Igreja intensifica este caminho penitencial propondo a cada ano um tema específico para a Campanha da Fraternidade, cujo principal objetivo é sensibilizar a sociedade sobre o assunto e iluminar o agir público da fé. Neste ano refletiremos sobre o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e sobre o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31).

A espiritualidade quaresmal nos coloca diante da verdade do amor de Deus por nós, que entregou o próprio Filho para nos salvar. É uma espiritualidade do amor, que nos convoca para vivência concreta do amor. Logo, a Quaresma requer interioridade. E um dos pilares desse tempo é a oração, que consiste em cultivar a “vida interior”. Muitas vezes, procuramos Jesus fora de nós, nas ruas, no meio da multidão. Porém, Jesus nos convida a voltar à nossa “casa interior”, ao nosso coração, onde Ele nos espera para encontrar conosco.

A Quaresma não é a observância formal das obrigações ascéticas e penitenciais, mas, sobretudo, “itinerário do coração”, tempo de vigiar e corrigir nossos pensamentos, palavras e ações. A Quaresma é um tempo de Conversão: para Deus, para o próximo e para a obra da criação. É tempo de voltar para Deus, para escutar a Sua Palavra. É tempo de voltar para o próximo, sem preconceito e com generosidade, para ajudá-lo no que ele precisar. É tempo de voltar para a obra da criação, tomando consciência de que tudo está interligado, de que somos parte dessa teia de relações com Deus, com o outro e com o mundo, e que devemos cuidar da nossa casa comum e de todos os seres que nela existem, que foram criados por Deus, que ao criá-los viu que tudo era muito bom.

Durante a Quaresma somos exortados a jejuar: a abster-se do alimento, a fazer a experiência da fome, e a encaminhar o resultado do jejum aos famintos; mas também é tempo de realizarmos o jejum da língua, da gula, da maldade, do rancor, da vingança, da indiferença, da luxúria, da ganância, do individualismo, do autoritarismo, da egolatria… Da mesma forma, somos exortados a praticar a caridade, não apenas dando esmola a quem nos pede, mas sendo solidários a quem sofre na miséria, na doença, no abandono.

Tenham um abençoado tempo da Quaresma, de conversão e santificação!

Dom Antônio Carlos Félix – Bispo Diocesano

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