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O Catequista e a Internet

O Catequista e a Internet 443829

Nos últimos tempos estamos diante de uma intensa mudança na comunicação humana, que se desloca para as redes informáticas e tem alterado toda a noção de mundo até então conhecida. É a revolução telemática. É um novo contexto existencial que desponta num novo ambiente, virtual. É um verdadeiro espaço humano, pois já é habitado pelo homem. O real e o virtual se misturam. E as pessoas estão cada vez mais conectadas: 24 horas por dia. 3o4021

Sentidos como a visão e audição reinam como absolutos neste meio. O modo como a experiência na internet acontece a prioritariamente por estes sentidos. E isso impacta ativamente a religiosidade das pessoas. Pode-se aprofundar a fé e até ser ambiente propício para uma autêntica experiência de Deus.

Uma das premissas básicas da internet é ser democrática. Há espaço para todos exporem sua opinião. Nas redes sociais encontramos lado a lado coisas que pareciam opostas.  Por mais que estejamos na era da subjetividade, onde o indivíduo valoriza a experiência pessoal e assume para si o que lhe aprouver, a fé cristã tem uma característica cara: a Tradição Apostólica. Somos herdeiros do anúncio do núcleo da fé em Jesus Cristo.

Na história do Cristianismo e no processo de inculturação se assimilou diversos elementos que ajudaram ou atrapalharam a vivência da fé cristã. As mídias comunicacionais ampliam este processo de inculturação, para o bem ou para o mal.

Como discernir entre aquilo que é coerente com o núcleo da fé e aquilo que é uma interpretação pessoal e sem fundamento? As mídias tornam visíveis as diversas propostas de caminho. Só uma formação sólida da fé cristã, somada a um senso crítico amadurecido, ajudarão, principalmente o catequista, a se orientar quando navega nas redes sociais a buscar sites recomendados pelas coordenações diocesanas e olhar a fonte, geralmente com o nome institucional ou quem somos. Não se iludir com sites de determinados grupos representativos da catolicidade que sejam impecáveis no conteúdo apresentado na internet, nem blogs que geralmente servem para visibilizar a opinião pessoal do desenvolvedor. Na dúvida, dialogue.

Cuidado especial em ‘pegar’ encontros catequéticos prontos das redes sociais. Como ajuda para discernir, a CNBB lançou o Estudo nº 53 – Textos e Manuais de Catequese – no qual, diante de um material, o catequista deve questionar: Educa para uma fé engajada, no seguimento de Jesus Cristo, na comunidade eclesial, a serviço da transformação evangélica da sociedade? Favorece a criatividade e a consciência crítica? Estimula a espiritualidade profética? Impulsiona a contínua educação comunitária da fé?

Precisamos sempre ter um eixo central para o qual vamos usar os recursos assumidos da internet. Nossa catequese não pode se resumir em recursos pedagógicos, mas pensemos: Que mensagem queremos transmitir para fazermos comunhão?

Saibamos fazer escolhas que não destoem da mensagem de Jesus nem da realidade que vivemos. Vale a pena planejar os encontros com o grupo de catequistas e, se possível, chegar ao ponto de perguntar ao padre sobre certos encontros e conteúdos propostos na internet.

(17ª parte dos artigos de Dom Félix sobre o “Catequese e Liturgia”). 516i3v
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